Um poema para homenagear todas as mulheres
Mulher
Quem inventou a mulher
teve um útero de amor como cenáculo,
como matriz, a alvorada de todos os dias.
Quem quis a mulher encontou
a primazia pelo servir no eterno devir.
Quem pesa suas ações
sabe de sua perseverança
azular no horizonte, não existe.
Quem imagina apatia numa mulher,
por certo desconhece seu indomável,
sólido e gigante poder de superação.
Quem feriu uma mulher foi torpe.
triturou carne de sua carne,
lesou seu próprio espírito
Quem perdoou a mulher
não perdoou a imperícia ou néscio.
Foi movido por anelar a bonança
por viver a benevolência.
Ela que foi gênese do perdão.
Quem viu uma mulher orando, comoveu-se.
sua fé 'transporta montanha'
e o anjo das preces confortou seu coração.
Quem compartilhou, colhendo as lágrimas
de uma, amiúde deve ter
partilhado de seus êxtases
em momentos de júbilo e regozijo.
Quem despiu uma mulher
viu como se plasma uma estátua,
descortinou um templo,
humanizou-se pelo acolhimento
insinuante e benigno.
Quem amou uma mulher
globalizou, totalizou seu ser,
reuniu seus fragmentos e os potencializou
para o aconchego
no sorver ditoso e ansioso de vida.
Quem teve nas mãos o corpo de uma mulher
delineou uma escultural obra prima do Criador,
tamanha elegância e perfeição
que o filho de Deus, fascinado,
de seu 'corpo-sacrário', quis nascer.
Ancila Dani Martins - 2008
Casa do Poeta de Canoas e ACE
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